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Nutrição Oncológica


O câncer é um conjunto de mais de 100 tipos de doenças caracterizadas pelo crescimento desordenado de células anormais que podem invadir tecidos adjacentes e órgãos distantes.  Considerando o tipo de câncer, o estágio da doença e a presença ou não de metástase, o tratamento dos pacientes oncológicos pode englobar, separadamente ou de forma combinada, cirurgia, quimioterapia, radioterapia ou transplante de medula óssea. Nos pacientes em tratamento contra o câncer, o risco nutricional é alto e está diretamente relacionado ao tratamento e às consequências da própria doença. Sendo assim, manter um acompanhamento nutricional especializado é imprescindível na busca pela cura do câncer.

 

Risco nutricional em pacientes oncológicos: o que é e como avaliar?


O risco nutricional é o risco aumentado de morbimortalidade causada pelo estado nutricional do paciente. A classificação de indivíduos desnutridos e em risco de desnutrição acontece na descoberta da doença, durante e no final do tratamento, considerando:


  • Mudanças de peso;

  • Ingestão alimentar;

  • Composição corporal. 


 Nos pacientes oncológicos, a deficiência nutricional pode causar como consequência:


  • Piora na qualidade de vida;

  • Diminuição na resposta ao tratamento;

  • Aumento das toxinas presentes no organismo.


Nos pacientes em tratamento contra o câncer, a desnutrição ocorre pela ingestão inadequada e pelo aumento das necessidades nutricionais decorrentes da própria doença, uma vez que o câncer pode prejudicar os mecanismos de absorção de nutrientes e aumentar a necessidade de energia. 


O câncer promove uma resposta inflamatória que acelera o metabolismo, causando perda de peso às custas principalmente de massa magra, e alterações na imunocompetência (mecanismos de proteção do corpo), agravando o quadro e causando a morte do paciente. 

A doença causa intenso consumo do tecido muscular e adiposo, perda involuntária de peso, anemia, astenia e balanço nitrogenado negativo, que agravam o quadro de desnutrição. A síndrome anorexia-caquexia (falta de apetite e perda de peso acentuada), por exemplo, é uma complicação nutricional comum em pacientes com câncer.



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Tratamento nutricional para pacientes oncológicos


O tratamento oncológico pode causar xerostomia (boca seca), muita náusea, vômitos e desconfortos gastrointestinais, que promovem mais perda de peso e desnutrição, assim como alterações no paladar, aspectos que acabam dificultando a ingestão dos alimentos.

 

Para os pacientes oncológicos que apresentam risco nutricional, é recomendada uma intervenção nutricional orientada por um nutricionista especializado em doenças. O planejamento da estratégia é individual e personalizado e tem como objetivo:


  • Aumentar a qualidade de vida;

  • Melhorar a ingestão de alimentos;

  • Reduzir os desequilíbrios metabólicos;

  • Fazer a manutenção da massa muscular;

  • Melhorar a resposta ao tratamento oncológico.

 

Na dieta do paciente oncológico, o ideal é incluir nutrientes imunomoduladores, ou seja, que reforcem a imunidade do paciente com câncer. É o caso, por exemplo, dos alimentos in natura (frutas, verduras e legumes) e dos açúcares que, em pacientes sem outros problemas de saúde associados, como o diabetes, podem deixar os alimentos mais palatáveis e aumentar a densidade energética. 


Alimentos gordurosos e frituras devem ser evitados, especialmente se o paciente apresentar diarreia. Fitoterápicos não são recomendados pois podem fazer interação com os medicamentos. Os alimentos ácidos (café, abacaxi, limão e outros) podem acentuar a mucosite, mas isso deve ser avaliado de forma individual.

Nos casos em que a alimentação via oral não é suficiente, suplementação nutricional ou às vezes a nutrição enteral podem ser indicadas para conseguir manter as necessidades.


Consulte uma nutricionista especializada em pacientes oncológicos


Se você foi diagnosticado(a) com câncer ou conhece alguém que foi, você precisa saber que com a alimentação correta pode fortalecer o sistema imunológico, reduzir os efeitos colaterais e evitar a perda de massa muscular. A descoberta da doença traz à tona uma série de pensamentos e sentimentos. Entre eles está a sensação de insegurança, mas a verdade é que se você tiver uma alimentação adequada para cada etapa do tratamento, todos os efeitos colaterais podem ser reduzidos e você passara por essa fase de forma mais tranquila.


A alimentação desempenha um papel vital na prevenção, tratamento e recuperação do câncer. Uma dieta personalizada pode fortalecer o sistema imunológico, reduzir riscos de recidiva, aliviar efeitos colaterais e fornecer energia durante o tratamento. Os maiores guidelines mundiais, como europeu, americano e o brasileiro indicam que o acompanhamento nutricional deve ser iniciado logo após o diagnóstico, já que a desnutrição corresponde a mais de 40 % das complicações, podendo inclusive levar a interrupção do tratamento.


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Rita Costa é nutricionista especializada no atendimento de pacientes oncológicos. O trabalho consiste em estabelecer uma dieta personalizada que atenda às necessidades individuais de cada paciente, agende uma consulta e saiba como.


Rita Costa

Nutricionista Clínica | Bariátrica | Oncológica

CRN 5 1126



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