top of page

Você conhece a campanha do Setembro Amarelo?


ree

O suicídio é considerado um problema de saúde pública e uma triste realidade. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 700 mil pessoas morrem por suicídio todos os anos, número que pode ultrapassar 1 milhão de casos quando somados os episódios subnotificados. No Brasil, a média é de 14 mil casos por ano, ou seja, cerca de 38 pessoas tiram a própria vida todos os dias.


Entre os jovens de 15 a 29 anos, o suicídio já é a quarta maior causa de morte no mundo, ficando atrás apenas de acidentes de trânsito, tuberculose e violência interpessoal. No contexto brasileiro, o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) aponta o suicídio como a segunda principal causa de mortes de adolescentes de 15 a 19 anos e como a quarta principal entre jovens de 20 a 29 anos.


Esses números demonstram a gravidade do problema e reforçam a necessidade de falar sobre o assunto. A grande maioria dos casos está relacionada a transtornos mentais não diagnosticados ou tratados de forma inadequada, o que mostra que, com informação, acolhimento e tratamento adequado, muitos casos poderiam ser evitados.


A história da campanha

O Setembro Amarelo surgiu no Brasil em 2014, a partir de uma iniciativa da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), e rapidamente se tornou a maior campanha de prevenção ao suicídio do mundo. A cor amarela simboliza luz, vida e esperança.


Hoje, o 10 de setembro é reconhecido como o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, mas a campanha se estende por todo o mês e, na verdade, deve estar presente o ano inteiro.


Reflexão e acolhimento

Quando uma pessoa pensa em suicídio, muitas vezes o sofrimento emocional restringe sua visão de possibilidades, fazendo com que ela não enxergue saídas além da dor. Por isso, falar sobre saúde mental, acolher sem julgamentos e oferecer apoio é essencial.


Na Terapia Cognitivo-Comportamental, entendemos que o sofrimento pode nos fazer enxergar o mundo de maneira distorcida, como se não houvesse alternativas além da dor. Mas essa visão não é permanente: ela pode ser modificada, trabalhada e ressignificada. Assim como pensamentos podem aprisionar, eles também podem abrir caminhos. Há sempre outras formas de lidar com a dor, de encontrar recursos internos e externos, e de reconstruir a esperança. Nenhum sofrimento é sem fim — sempre existe uma saída.


Durante momentos desafiadores, é importante lembrar que ninguém está sozinho. Existem profissionais e serviços que podem fornecer escuta e suporte. Pedir ajuda é um sinal de coragem.


Compartilhar dificuldades pode ser o primeiro passo para aliviar o peso que se carrega. E se conhecemos alguém que está passando por um momento difícil, ouvir com empatia e encorajar a busca por apoio pode ser muito significativo.


Onde buscar apoio

  • CVV – Centro de Valorização da Vida: ligue 188 (gratuito e disponível 24h em todo o Brasil)

  • Atendimento online: www.cvv.org.br

  • Procure um psicólogo ou psiquiatra de confiança

  • Converse com pessoas próximas e não enfrente isso sozinho


A vida é sempre a melhor escolha. Você importa, sua história importa. Sempre é possível recomeçar. 


REFERÊNCIAS

Setembro Amarelo - Prevenção ao Suicídio - Brasil. Disponível em: <https://www.setembroamarelo.com/>.


BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente. Panorama dos suicídios e lesões autoprovocadas no Brasil de 2010 a 2021. Boletim Epidemiológico, v. 55, n. 4, 6 fev. 2024. Brasília: Ministério da Saúde, 2024. 



Comentários

Avaliado com 0 de 5 estrelas.
Ainda sem avaliações

Adicione uma avaliação

Todos os direitos reservados.

  • Instagram
  • Facebook
bottom of page