Você sabe o que significa o “Espectro Autista”?
- Clinica Villas Psi
- 25 de abr.
- 2 min de leitura

O que é o Transtorno do Espectro Autista (TEA)?
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição do neurodesenvolvimento caracterizada por prejuízos persistentes na comunicação social e na interação social, associados a padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades. Esses sintomas geralmente estão presentes desde os primeiros anos da infância e afetam significativamente o funcionamento diário da pessoa.
Por que é chamado de "espectro"?
O termo “espectro” reflete a ampla variedade de manifestações clínicas que o TEA pode assumir. Isso significa que pessoas com autismo podem apresentar diferentes combinações de sintomas, com diferentes níveis de intensidade. Por exemplo, algumas pessoas podem ter déficits severos na fala e na interação social, enquanto outras podem ser altamente verbais, mas ainda assim apresentarem dificuldades sutis na compreensão social.
Variações dentro do espectro
As manifestações do TEA variam conforme o grau de comprometimento, a idade e o ambiente social da pessoa. O DSM-5-TR classifica o transtorno em três níveis de gravidade, com base na necessidade de suporte:
Nível 1 – Exigindo apoio: pessoas que precisam de algum suporte para lidar com dificuldades na interação social e com comportamentos repetitivos que interferem moderadamente no cotidiano.
Nível 2 – Exigindo apoio substancial: pessoas com dificuldades mais marcantes, que necessitam de apoio significativo para se adaptar a situações sociais e lidar com mudanças de rotina.
Nível 3 – Exigindo apoio muito substancial: indivíduos com déficits graves, que enfrentam grandes barreiras na comunicação e flexibilidade de comportamento, necessitando de apoio intensivo.
Além dos níveis de suporte, o diagnóstico também considera se há comprometimento intelectual e/ou da linguagem, e se o TEA está associado a outras condições médicas, genéticas ou ambientais.
Compreender o Transtorno do Espectro Autista é fundamental para promover inclusão, respeito às diferenças e intervenções mais eficazes. Ao reconhecermos que o autismo não é um único perfil, mas sim um espectro com múltiplas expressões, abrimos espaço para enxergar o indivíduo além do diagnóstico. Cada pessoa com TEA possui habilidades, desafios e formas únicas de se relacionar com o mundo — e é justamente nessa diversidade que reside a importância de uma escuta clínica sensível, personalizada e baseada na ciência. Quanto mais informação e empatia compartilharmos, mais contribuímos para uma sociedade mais acolhedora e consciente.
Referência:
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5-TR. 5. ed., texto rev. Porto Alegre: Artmed, 2023. Tradução: Daniel Vieira, Marcos Viola Cardoso, Sandra Maria Mallmann da Rosa. Revisão técnica: José Alexandre de Souza Crippa et al.
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