
Imaginação e Neurodesenvolvimento: o que a neurociência revela?
- Ana Paula A. Paim

- 16 de abr.
- 1 min de leitura
A imaginação não é apenas brincadeira de criança — ela é uma função cognitiva complexa e essencial para o desenvolvimento neurológico. Estudos em neurociência demonstram que imaginar ativa redes cerebrais sofisticadas, como a default mode network (DMN), que está relacionada à autorreflexão, empatia, memória autobiográfica e projeção de cenários futuros.
A neurobiologia da imaginação
Segundo Agnati et al. (2013), a imaginação envolve dinâmicas complexas de interação entre regiões cerebrais e o funcionamento da DMN, permitindo que o cérebro simule experiências e organize informações de forma integrada. Isso favorece não apenas a criatividade, mas também habilidades fundamentais como a resolução de problemas e o desenvolvimento emocional.
Essa capacidade de simular mentalmente realidades alternativas é especialmente importante durante a infância, quando o cérebro está em rápida expansão e reorganização. Ao brincar de faz de conta, por exemplo, a criança treina funções executivas, flexibilidade cognitiva e regulação emocional.
Implicações para o desenvolvimento infantil
Estimular atividades imaginativas — como contação de histórias, jogos simbólicos ou construção de mundos fictícios — é promover neurodesenvolvimento saudável. Crianças que exercitam a imaginação tendem a apresentar melhor desempenho acadêmico, social e emocional.
Referência científica (ABNT):
AGNATI, L. F. et al. The neurobiology of imagination: possible role of interaction-dominant dynamics and default mode network. Frontiers in Psychology, [S. l.], v. 4, p. 296, 2013. DOI: 10.3389/fpsyg.2013.00296. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3662866/. Acesso em: 14 abr. 2025.
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